A mídia mente: óleo de coco faz bem ou faz mal?

O que diz a mídia e algumas associações médicas

 

O dia era 16 de junho de 2017. Enquanto havia um maciço crescimento do consumo do óleo de coco em todo o planeta, a AHA – Associação Americana do Coração – publicava uma recomendação que abalaria os adeptos das opções naturais. Segundo a Associação, o óleo de coco é tão prejudicial quanto manteiga e gordura da carne.

Em sua nota, afirma que 72% dos americanos pensam que o óleo de coco é saudável, enquanto apenas 37% dos nutricionistas tem a mesma opinão. Diz, ainda, que essa desconexão entre opiniões leigas e especialistas se dá devido a um marketing da indústria do óleo de coco na imprensa popular.

A AHA continua a nota afirmando que o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, que é, de acordo com eles, uma das causas das doenças cardiovasculares, e não tem efeitos benéficos, pelo contrário, sendo por isso não recomendado utilizá-lo.

A recomendação da Associação é que as gorduras saturadas, as que são provenientes de laticínios, animais, óleo de coco e azeite de dendê, entre outras — sejam substituídas por gorduras mono ou poli-insaturadas, encontradas sobretudo em óleos vegetais, como o azeite de oliva e os óleos de milho, canola, girassol e soja.

No Brasil, essas recomendações já eram adotadas pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Alguns pontos colocados por eles foram:

  1. Quando o óleo de coco é comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, recente revisão mostrou que ele aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol) o que contribui para um maior risco cardiovascular.
  2. Tem sido reportado que o óleo de coco possui atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e imunomoduladora, porém tais estudos são predominantemente experimentais, notadamente in vitro, não havendo estudos clínicos demonstrando esse efeito. Assim, faltam ainda evidências suficientes para recomendar o óleo de coco como agente antimicrobiano ou imunomodulador.

…dentre outros pontos. Ao final, conclui:

Sendo assim, considerando-se inclusive a robusta associação entre consumo de ácidos graxos saturados e o risco de doenças cardiovasculares e a ausência de grandes estudos bem controlados relativos ao óleo de coco em humanos, a ABRAN recomenda que:

  1. o óleo de coco não deve ser prescrito na prevenção ou no tratamento da obesidade;
  2. o óleo de coco não deve ser prescrito na prevenção ou no tra tamento de doenças neuro-degenerativas;
  3. o óleo de coco não deve ser prescrito como nutriente antimicrobiano;
  4. o óleo de coco não deve ser prescrito como imunomodulador.

Dr. Lair Ribeiro é à favor do óleo de coco

O cardiologista e nutrólogo mais conhecido do Brasil, Dr. Lair Ribeiro, que já trabalhou em Harvard Medical School, Baylor College of Medicine e Thomas Jefferson University, nos EUA, muito conhecido por ter uma visão diferente da maioria dos médicos e da mídia, refutou mais uma vez que o óleo de coco é prejudicial à saúde. O Dr. Lair recomenda fortemente o uso do óleo de coco, não só para ingestão (ele classifica o coco como um superalimento), como também na pele e cabelos. Afirma, ainda, que o colesterol não é causa de problemas no coração.

Assista, no vídeo abaixo, as explicações científicas de mais de uma hora sobre os benefícios do óleo de coco, mostrando estudos e pesquisas que corroboram a sua opinião e vão de encontro às associações médicas. Inclusive, ele debate artigo por artigo que é apresentado pela ABRAN e mostra que eles estão equivocados, em parceria com o Dr. Uronal Zancan.


Em abril de 2017 o Dr. Lair Ribeiro já havia divulgado um artigo sobre o óleo de coco, que você pode baixar clicando AQUI.

Nos EUA também existe a polêmica

O doutor Jack Wolfson, polêmico cardiologista norte-americano que ficou famoso por ser contra vacinações, tem opinião muito parecida com a Dr. Lair Ribeiro. Ele acusa a AHA de manipular o povo americano desde 1970, ao continuar afirmando que a gordura saturada causa doenças cardiovasculares. Segundo ele, a Associação Americana do Coração é um grande grupo de lobistas, que trabalham à favor da indústria farmacêutica atacando o colesterol LDL e o óleo de coco, omitindo os estudos que falam dos benefícios desses temas.

Pelo visto a polêmica continua, caberá a cada um de nós tirar as próprias conclusões.

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